CARTÃO VERMELHO…

Expulso do jogo… empurrado para o lado, naquela que terá sido uma vingança mesquinha de outras alturas, muitos anos passados… será mesmo?

Recusas acreditar, mas num mundo de tantas teorias da conspiração é permitido duvidar… até das palavras mais sinceras… dos sorrisos mais lindos e das promessas mais fortes que ficaram até um dia.

Queres convencer-te que não, que razões maiores terão forçado o cenário que não se queria, acabado com sonhos de ilhas noutros mares.

Falta-te a resposta aos teus porquês que está escondida no silêncio da ignorância que te enche o vazio na alma.

Resta a força das palavras que foram ficando, a força partilhada em momentos que não se apagam… as jogadas perigosas nos encontros furtivos. Ficam as imagens gravadas no espírito, a força dos intocáveis…

A força de tudo o que há muitos anos tinha ficado para sempre, agora ainda mais forte… pelos menos por um sempre que não sabemos quanto vai durar…

Sei que vais voltar ao jogo, contigo próprio… os adversários irão chegando no dia-a-dia, encapuçados de promessas falsas e outras conspirações, mas há lições de vida que te abrem os olhos, por mais anos que tenham passado, nunca é tarde para aprender.

Depois há dias mais fáceis que outros, hoje, agora é um daqueles em que os sinais de fumo te dizem para parar… fechar a alma… porque são focos de fogo que se vão apagando… fica a tristeza de mais uma ressaca… o amanhã é tão incerto meu Deus… já não há tempo para esperar… para adiar seja o que for… nem mesmo o acreditar, porque a realidade não dá espaço às bestas que vão ficando adormecidas na monotonia do dia-a-dia.


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